segunda-feira, 19 de setembro de 2011

QUALIDADE DE VIDA: O FATOR STRESS


O stress está cada dia mais presente na vida do homem, pode causar danos importantes para a saúde física e mental, ele é resultado de uma diferença perceptível entre as exigências a que determinado indivíduo é submetido num determinado momento e os recursos que poderá dispor para alcançar essas mesmas exigências, originando um desequilíbrio psicológico. O “stress”, não é uma doença, é apenas a preparação do organismo para lidar com as situações que se apresentam, sendo então uma resposta do mesmo a um determinado estímulo, a qual varia de pessoa para pessoa, a organização mundial de Saúde afirma que o “stress” é uma "epidemia global".
São conhecidos dois tipos de stress:
EUSTRESS: conhecido como estresse positivo, essencial para o desenvolvimento do indivíduo. Caracterizado pelo equilíbrio entre esforço, tempo, realização e resultados.
DISTRESS: corriqueiramente mencionado apenas como estresse, é o estresse negativo, equiparável ao sofrimento, doenças, incapacidade e que pode até resultar em morte. Caracteriza- se pela tensão, rompimento do equilíbrio orgânico por excesso ou falta de esforço, incompatível com o tempo, realização e resultados.
A tabela a seguir mostra alguns agentes estressores.

ASPECTO
AGENTES
Profissional
– absorvendo pressões psicológicas constantes
– competitividade constante e excessiva
– insatisfação com a atividade exercida
– baixa remuneração
– relacionamento problemático com colegas e patrões
– convívio com pessoas insuportáveis
– desemprego e insegurança profissional
Familiar
-preocupações com os filhos
– problemas com os pais doenças, enfermidades e moradia longe;
Econômico
– dívidas / sobrecarga financeira/ encargos
– redução do poder de compra
– aposentadoria/ baixa renda
Ambiental
– poluição ambiental, sonora e visual;
– longa distância entre a residência e o trabalho
– trânsito intenso / violência urbana
– ambiente profissional insalubre e/ou desagradável
– moradia sem conforto / moradia em área de risco
– ausência de espaço físico para diversão e prática de esportes
– calor e frio excessivo
Emocional
– problemas existenciais/velhice
– desgraças na família/traumas emocionais
Físico
– limitações físicas/sedentarismo
– enfermidades ou doenças crônicas
– excesso de trabalho/descanso inadequado
overtraining/lesões osteomusculares
– alimentação de baixa qualidade
– abuso de álcool, drogas e tabagismo;
Intelectual
– excesso de desgaste intelectual
– pouca habilidade de lidar com a realidade
– desocupação mental e intelectual
Baptista e Alves, 2003 apud Baptista & Dantas (2002).

Vários estudos apresentam a pratica de atividade física como um método eficaz na redução e controle do estresse. Segundo Baptista e Alves, 2003 (apudClow & Hucklebridge, 2001), as atividades físicas contribuem tanto na redução do stress como na melhora da imunidade orgânica. Dantas (2001), afirma que o exercício físico possui uma evidente ação antidepressiva, diferente para cada forma de atividade física (moderada ou intensa).
Todos os tipos de atividades físicas, inclusive o anaeróbico são eficazes, e quanto maior a duração do programa e o número de sessões realizadas, melhores serão os resultados. Do ponto de vista comparativo, a atividade física possui melhores resultados que o relaxamento e são iguais ao da psicoterapia. Juntos são muito mais eficazes do que cada um separado (DANTAS, 2003).

BENEFÍCIOS PSICOLÓGICOS DECORRENTES DA ATIVIDADE FÍSICA

MELHORAM
DIMINUEM
– o rendimento intelectual
– a confiança/a segurança
– a personalidade
– a estabilidade emocional
– a memória/a percepção
– a auto-estima/o bem estar
– o humor/a satisfação sexual
– a independência emocional
– o absenteísmo no trabalho
– a agressividade e a raiva
– a depressão
– a ansiedade
– as confusões mentais
– as fobias
– as tensões emocionais
– a independência emocional
Baptista e Alves, 2003 apud Baptista & Dantas (2002).

O stress proporciona varias alterações que reduzem a qualidade de vida e o bem-estar do individuo, medidas preventivas como a pratica de atividade física são econômicas, rápidas e eficazes, contribuindo para a redução e controle do stress.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BAPTISTA, M. R; ALVES, A. S. A atividade física no controle do stress. Augustus – Rio de Janeiro – Vol. 08 – N. 17 – Jul./Dez. – 2003 – Semestral

DANTAS, E. H. M., Psicofisiologia, Rio de Janeiro: Shape, 2001.

DANTAS, E. H. M., A Prática da Preparação Física, 5. ed. Rio de Janeiro: Shape, 2003.

MEYER, E. L. A Atividade Física como Instrumento de Redução do Estresse em Professores do Ensino Médio. QUALIDADE DE VIDA EM PROPOSTAS DE INTERVENÇÃO CORPORATIVA. CAMPINAS, SP. IPES EDITORIAL, 2007.



Profª Cristiane dos Santos
CREF 090370-G/SP
Professora de Educação Física, formada pela Universidade Santa Cecilia.
Email: cristiane.santos08@gmail.com

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

HOJE É DIA DO NUTRICIONISTA!


Hoje é dia do Nutricionista e o Blog Corpo em Movimento não poderia deixar de Parabenizar este profissional que exerce um papel fundamental na vida da sociedade.
O Nutricionista é responsável por planejar programas de alimentação, preparar dietas e cardápios, supervisionar a produção de alimentos em cozinhas de indústrias e restaurantes, bem como acompanhar o regime alimentar de atletas.
É fato incontestável a importância da alimentação saudável, completa e variada para a promoção da saúde, principalmente para a prevenção e controle de doenças crônicas não transmissíveis, cuja prevalência vem aumentando significativamente.
A alimentação adequada associada aos exercícios físicos permite que o corpo desempenhe todas as suas funções perfeitamente mesmo com uma grande quantidade de energia sendo liberada pelos esforços físicos. Assim sendo, é sempre recomendável em um programa de emagrecimento o trabalho conjunto de um educador físico com um nutricionista.

DIA 31 DE AGOSTO
DIA DO NUTRICIONISTA

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

ATIVIDADE FÍSICA E O SONO


O sono consome cerca de 1/3 de nossas vidas, um adulto dorme em média 7/8 horas por dia, um bebê 16 horas por dia e o adolescentes 9 horas por dia. No envelhecimento o sono se torna mais leve e em períodos mais curtos.
Estudos feitos associando a pratica de atividade física com o sono afirmam que o exercício físico regular contribui para a qualidade de vida, proporcionando aos praticantes a melhoria das capacidades cardiorespiratorias e muscular e a melhoria da qualidade e eficiência do sono.
As causas mais comuns de prejuízo do sono são: a restrição e a sua fragmentação. A restrição do sono pode ser resultado da demanda de trabalho ou escola, responsabilidade familiar, uso de medicamentos, fatores pessoais e estilos de vida. A fragmentação resulta em um sono de quantidade e qualidade inadequadas, sendo conseqüência de condições médicas e/ou fatores ambientais que o interrompem. (Martins, P. J. F; Mello, M. T; Tufik, S, 2001)
Portanto, o exercício, ao aumentar a temperatura corporal, criaria uma condição capaz de facilitar “o disparo” do início do sono, por ativar os processos de dissipação de calor controlados pelo hipotálamo, assim como os mecanismos indutores do sono dessa mesma região. Tanto a teoria da conservação de energia como a da restauração corporal apóiam-se nos mecanismos homeostáticos reguladores do sono, visto que ambas as teorias afirmam que a duração total do episódio de sono, assim como a quantidade de sono de ondas lentas, aumenta em função do aumento do gasto energético. (Martins, P. J. F; Mello, M. T; Tufik, S, 2001)
Em alguns estudos o exercício mostrou-se capaz de reduzir a latência para o início do sono ou pelo menos não alterá-la. Recentemente, os exercícios foram usados para reverter os efeitos da cafeína, uma droga que mimetiza as alterações no padrão de sono causado pela insônia, principalmente latência de sono elevada. Pode-se observar que o exercício não foi capaz de reduzir a latência aumentada pela ingestão de cafeína. Segundo os autores, a falha em reduzir a latência para o início do sono pode ser explicada pelo fato de o exercício não ter efeito maior no sono alterado do que o observado no sono normal.
Um sono de boa qualidade é fundamental para a restauração física e mental. No caso dos exercícios, entretanto, existe uma relação em forma de “U” invertido entre a fadiga induzida pelo exercício e a qualidade do sono.
Portanto, é possível dizer que o exercício em demasia, assim como um sono de má qualidade (quer seja por perturbação pelo exercício, quer seja por outros distúrbios), pode prejudicar o rendimento durante os treinamentos ou mesmo durante provas importantes.
Conhecer melhor o padrão de sono pode ser uma referência importante para se alcançar um melhor desempenho na realização de exercícios, bem como para inferir o nível de estresse do treinamento, uma vez que alterações nestes padrões podem decorrer de um treinamento excessivo.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Ackel, C. R. Sono e Exercício. Centro de Estudos de Fisiologia do Exercício, UNIFESP. 2005.

Martins, P. J. F; Mello, M. T; Tufik, S. Exercício e Sono. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, 2001.



Profª Cristiane dos Santos
CREF 090370-G/SP
Professora de Educação Física, formada pela Universidade Santa Cecilia.
Email: cristiane.santos08@gmail.com

domingo, 7 de agosto de 2011

ATIVIDADE FÍSICA NO INVERNO


Com a chegada do inverno é possível observar uma grande queda do nível de atividade física pelos adeptos. Uma das razões para que isso ocorra está relacionado com as alterações no organismo, como gripes, resfriados e a famosa preguiça. Mas a interrupção de uma atividade física, principalmente no inverno, pode deixar o organismo fragilizado, pois a resistência orgânica é melhorada com a prática regular de exercícios físicos. Uma dica para as pessoas que buscam emagrecer aproveitem o clima frio para se exercitarem, pois nessa época o corpo queima mais calorias para manter-se aquecido. Desta forma, as pessoas podem se beneficiar com as mudanças fisiológicas do corpo geradas pelo clima frio, potencializando assim seus efeitos.
Cuidados:
  • O tempo de aquecimento precisa ser intensificado nessa época;
  • Mesmo diante do frio, é preciso usar roupas leves;
  • Não se esquecer da hidratação do corpo, fundamental em qualquer época do ano principalmente pessoas com problemas respiratórios que treinam ao ar livre, os mesmos, tendem a sentir mais dificuldade no frio.

Profº Carlos André Barros de Souza
CREF 081728-G/SP

Professor de Educação Física (FEFIS)
Graduando em Fisioterapia (UNILUS)
Email: c.andrefisio@yahoo.com.br