segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

MÉTODO PILATES E SEUS BENEFÍCIOS



O método Pilates consiste em uma filosofia de treinamento resistido que através dos seus princípios, exercícios e aparelhos, condicionam e reabilitam relacionando corpo e mente (META PILATES, 2014), visando trabalhar força, alongamento, flexibilidade, equilíbrio, preocupando-se em manter as curvaturas fisiológicas do corpo e tendo o abdômen como centro de força, o qual trabalha constantemente em todos os exercícios da técnica, realizada com poucas repetições (MARTINS, 2013 apud SACCO et al. 2005). 

Os princípios originais do método Pilates enfatizam muito o controle da mente sobre o corpo, bem como a suavidade, precisão e harmonia com que os movimentos devem ser realizados. São eles: respiração, centro, concentração, controle, precisão e fluidez (MORAES, 2009) .

Concentração

Segundo o princípio da concentração, durante todo o exercício, a atenção é voltada para cada parte do corpo, para que o movimento seja desenvolvido com a maior eficiência possível. Assim, ocorre a conscientização corporal e o aprendizado motor, que é o grande objetivo da técnica ( GÓMEZ; GARCÍA, 2009). 

Centralização (Power House) 

O corpo tem um centro físico, onde se originam todos os movimentos, chamado de “powerhouse” (Centro de Força). Preconiza-se o reforço desse centro para promover a sustentação da coluna, dos órgãos internos e manutenção de uma boa postura (RODRIGUES, 2006). 

Respiração

"Respirar é o primeiro e o ultimo ato da vida" (Meta Pilates, 2014 apud Pilates, 1945), No Método Pilates todos os exercícios são associados à respiração. Joseph Pilates enfatizava a respiração como o fator primordial, a inspiração ocorre para preparar-se para o movimento e a expiração ocorre enquanto o executa (COMUNELLO, 2011 apud MARIN, 2009). 

Fluidez

A fluidez e leveza dos movimentos permitem a utilização apenas da energia necessária para o movimento, sem desperdício. Os movimentos não têm início, meio ou fim. Desta forma, o organismo aproveita a fase concêntrica e excêntrica dos exercícios, resultando num treino equilibrado e funcional e protegendo os tecidos de possíveis desgastes prematuros (MORAES, 2009). 

Precisão e Controle 

A precisão é de fundamental importância na qualidade do movimento e no realinhamento postural do corpo (GÓMEZ; GARCÍA, 2009). 
A precisão está diretamente ligada ao controle. Concentrando-se em cada etapa do movimento e conhecendo o corpo, é possível desenvolver o controle necessário para se obter a precisão de cada movimento (RODRIGUES, 2006). Quando os exercícios são realizados respeitando esses dois princípios, ocorre uma minimização do recrutamento de músculos desnecessários , o que poderia causar fadiga precoce e diminuição de estabilidade (META PILATES, 2014). 

BENEFÍCIOS

- Realinhamento postural. 
- Alívio de dores, principalmente nas costas. 
- Aumento de força, resistência muscular e flexibilidade. 
- Promove equilíbrio e previne quedas. 
- Relaxa e combate o estresse. 
- Previne a incontinência urinária. 
- Melhora a respiração e o autocontrole. 
- Ajuda na reabilitação de lesões e evita recorrências. 

Os diversos benefícios e o fato do Pilates se diferir de outras modalidades torna a procura de novos adeptos cada vez maior. É importante salientar que o método deve ser orientado por profissionais habilitados para se obter os benefícios sem oferecer riscos a saúde. 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

COMUNELLO, J. F. Método Pilates: Aspectos históricos e princípios norteadores. Artigo de Revisão. Instituto Salus, maio-junho 2011

GÓMEZ, V. S; GARCÍA, O. G. Ejercicio físico y Pilates durante el embarazo. Revista Digital – Buenos Aires – Ano 14 – N 136. Disponível em: <http://www.efdeportes.com/efd136/ejercicio-fisico-y-pilates-durante-el-embarazo.htm>. Acesso em: Fev/2015.

MARTINS, R. A. S. Método Pilates: Histórico, benefícios e aplicações revisão sistemática da literatura. Goiânia, 2013.

META PILATES. Apostila Curso de Formação em Pilates. 2014.

MORAES, R. Os 6 Princípios do Pilates. Revista Pilates. Abr/2009. Disponível em: < http://revistapilates.com.br/2009/04/20/os-6-principios-do-pilates/>. Acesso em: Fev/2015.

RODRIGUES, B. G. S. Método Pilates: uma nova proposta em reabilitação física. Setembro. 2006. Disponível em: <http://www.efisioterapia.net/descargas/pdfs/pilates.pdf>. Acesso em fev/2015.


Profª Cristiane dos Santos
CREF 090370-G/SP
Professora de Educação Física, formada pela Universidade Santa Cecilia.
Email: cristiane.santos08@gmail.com

segunda-feira, 16 de junho de 2014

PRINCIPAIS LESÕES EM CORREDORES DE RUA

INTRODUÇÃO

    A Federação Internacional das Associações de Atletismos (IAAF) define as corridas de rua como provas de pedestrianismo disputadas em circuitos de rua com distâncias oficiais variando de 5 km a 100 km (MACHADO, 2011). Comparada com a maioria dos exercícios e das atividades esportivas, a corrida é uma atividade altamente versátil, pois pode ser feita em uma ampla variedade de ambientes, fechados ou abertos, em pista ou terrenos irregulares, em subida, no mesmo nível ou em descida, no calor do verão ou no frio do inverno, durante o dia ou à noite (FUZIKI, 2012). Além de ser um gesto motor aprendido nos primeiros anos de vida, não é necessário material específico muito sofisticado (GUEDES JR., 2011).
    De acordo com Machado (2011) hoje as corridas de rua são bem populares em todo o mundo, sendo praticadas em sua maioria por atletas amadores que buscam uma melhor qualidade de vida por meio da prática esportiva. Apesar de todos os efeitos benéficos da pratica de corrida, tem-se observado uma elevada incidência de lesões no aparelho locomotor, sobretudo em membros inferiores (PILEGGI et al., 2010). Essa alta incidência pode ser explicada pela falta de orientação profissional para a prática da corrida e que esses corredores possam estar treinando de forma equivocada pela falta de acompanhamento de um profissional especializado. Em suma, embora correr seja aparentemente fácil, deve-se ter o conhecimento aprofundado das várias especificidades envolvidas na prática desse esporte (FUZIKI, 2012).
    De acordo com Bennell e Crossley (1996), a realização de exercícios de maneira exaustiva, sem orientação ou de forma inadequada, pode contribuir para o aumento de lesões esportivas e estas estão ligadas a fatores intrínsecos e extrínsecos. Os fatores extrínsecos são aqueles que direta ou indiretamente estão ligados à preparação ou à prática da corrida e envolvem erros de planejamento e execução do treinamento. Já os fatores intrínsecos, que são aqueles inerentes ao organismo e incluem anormalidades biomecânicas e anatômicas, flexibilidade, histórico de lesões, características antropométricas, densidade óssea, composição corpórea e condicionamento cardiovascular (FERREIRA et al., 2012).
    Segundo Schmidt e Bankoff (2011), atletas que treinam e competem em corridas de longa distância, geram e acumulam elevadas taxas de pressão na região plantar, as quais se propagam para o restante do corpo. Como as práticas semanais e mensais dessa atividade são altas e repetitivas, podem gerar distribuição inadequada da pressão na superfície plantar levando a deformações e comprometimentos morfofisiológicos no sistema locomotor, em especial nos membros inferiores (SCHMIDT e BANKOFF, 2011). Partindo desta premissa, o objetivo principal deste trabalho é revisar os estudos que apontam as principais lesões em corredores de rua.
Material e métodos
    Foi realizada uma busca em banco de dados para identificar artigos científicos. Esta busca foi realizada nos seguintes bancos de dados: Lilacs, Scielo e PEDro. Os artigos selecionados foram submetidos aos seguintes critérios de inclusão: estudos que explanassem sobre lesão em corredores de rua, pesquisas de campo, estudos que apontassem os tipos de lesão e os que estavam disponíveis completo. Foram combinadas as seguintes palavras- chave: lesões e corredores, running injury nos idiomas português e inglês.
    Como critérios de exclusão foram considerados os estudos de revisão de literatura, estudos que não faziam associação de corredores de rua com lesão, artigos que apontavam apenas local anatômico da lesão e artigos que somente estavam disponíveis em resumos.
    Assim, foram selecionados 7 artigos com texto completo e alguns livros especializados no assunto para fundamentação neste estudo.
Resultados
O total de artigos encontrados foi de 65 e após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão foram selecionados 29 artigos para o presente estudo, dos quais apenas 7 estavam disponíveis com texto completo. A figura 1 apresenta o fluxograma do processo completo de inclusão dos artigos no estudo.

Figura 1. Fluxograma do processo de inclusão dos artigos na revisão bibliográfica



A tabela I apresenta a extração de dados realizada para cada artigo que apresentou dados de levantamento de lesões em corredores de rua (estudos transversais, restrospectivos e coorte prospectivo).

Tabela I. Descrição e resultados dos artigos incluídos na revisão

Autor, ano
Tipo de estudo
População
Lesões relacionadas à corrida
% (n)
McKean et
al, 2006
Retrospectivo
2825 corredores de uma prova em que cada corredor corria aproximadamente 20 km
Fascite plantar
17,5 (495)
Tendinopatia do tendão patelar
12,5 (353)
Lesão de isquiotibiais
12,5 (353)
Síndrome da banda iliotibial
10,5 (297)
Tendinopatia do tendão calcâneo
9,5 (268)
Entorse de tornozelo
9,5 (268)
Síndrome do estresse medial da tíbia
9,5 (268)
Síndrome femoropatelar
5,5 (156)
Fratura por estresse
4,5 (127)
Lesão meniscal
3,5 (99)
Outras tendinites
5,0 (141)
Fallon et al,1996
Transversal
32 ultra maratonistas
Síndrome femoropatelar
15,6 (10)
Tendinopatia do tendão calcâneo
7,8 (5)
Tendinite do extensor dos dedos
7,8 (5)
Síndrome do estresse medial da tíbia
7,8 (5)
Tendinopatia do tendão patelar
6,3 (4)
Dor do compartimento anterior
6,3 (4)
Síndrome da banda iliotibial
4,7 (3)
Lesão muscular de quadríceps
4,7 (3)
Lesão muscular na coluna
3,1 (2)
Tendinite de fibulares
3,1 (2)
Dor no joelho não específica
3,1 (2)
Bursite do trocânter maior
3,1 (2)
Tendinite do extensor longo do hálux
3,1 (2)
Jacobs et al, 1986
Retrospectivo
451 corredores deprova de 10 km
Dor no joelho
21,4 (45)
Dor no tornozelo
12,4 (26)
Síndrome do estresse medial da tíbia
9,5 (20)
Lesão de isquiotibiais
6,7 (14)
Tendinopatia do tendão calcâneo
6,2 (13)
Dor na panturrilha
6,2 (13)
Fascite plantar
5,2 (11)
Hutson et al, 1984
Transversal
25 ultra maratonistas
Tendinite dos dorsiflexores do pé
29,6 (8)
Tendinopatia do tendão calcâneo
18,5 (5)
Tendinopatia do tendão patelar
18,5 (5)
Bursite de quadril
11,1 (3)
Síndrome do estresse medial da tíbia
11,1 (3)
Síndrome femoropatelar
7,4 (2)
Lesão muscular de gastrocnêmio
3,7 (1)
Hespanhol Jr. et al. 2011.
Transversal
200 corredores deprovas de 10 km
Tendinopatia
17,3 (19)
Distensões / Ruptura Muscular /estiramento
15,5 (17)
Entorse (lesão da articulação e/ou ligamentos)
13,6 (15)
Fascite plantar
12,7 (14)
Dor lombar/lombalgia/dor nas costas
8,2 (9)
Lesão de meniscos ou cartilagem
8,2 (9)
Fratura por estresse (sobrecarga)
6,4 (7)
Outros
18,1 (20)
Barbosa, 2010
Transversal
40 corredores
Inflamação no joelho
38,24 (16)
Canelite
35,30 (15)
Estiramento muscular
5,88 (2)
Inflamação de quadril
5,88 (2)
Lesão calcânea
2,94 (1)
Estiramento muscular (quadríceps)
2,94 (1)
Tendinite do tendão de Aquiles
2,94 (1)
Inflamação do púbis
2,94 (1)
Fascite plantar
2,94 (1)
Pileggi et al. 2010.
Coorte prospectivo
18 corredores
Tendinopatia do tendão patelar
22,7 (5)
Síndrome do estresse medial da tíbia
13,6 (3)
Síndrome da banda iliotibial
9,1 (2)
Tendinopatia do tendão calcâneo
9,1 (2)
Fratura por estresse da tíbia
9,1 (2)
Bursite retrocantérica
9,1 (2)
Lesão muscular da panturrilha
4,5 (1)
Lesão muscular do adutor da coxa
4,5 (1)
Fratura por estresse da crista ilíaca
4,5 (1)
Bursite infrapatelar
4,5 (1)
Fascite plantar
4,5 (1)

Dos sete artigos inclusos, quatro eram transversais, dois retrospectivos e um estudo de coorte prospectivo. Foram encontradas no total 22 lesões musculoesqueléticas relacionadas à corrida. As principais lesões encontradas foram a tendinopatia do tendão patelar, a síndrome do estresse medial da tíbia, a tendinopatia do tendão calcâneo, a fascite plantar, a síndrome femoropatelar e a síndrome da banda iliotibial.
Discussão
    O objetivo desse trabalho foi fazer um levantamento das principais lesões musculoesqueléticas relacionadas à corrida através de revisão da literatura. Os dados obtidos mostraram que as principais lesões encontradas foram: 1) a tendinopatia do tendão patelar, 2) síndrome do estresse medial da tíbia, 3) tendinopatia do tendão calcâneo, 4) fascite plantar, 5) síndrome femoropatelar e 6) síndrome da banda iliotibial.
    Todas as lesões descritas nesta revisão estão localizadas em membros inferiores, sendo que a maioria delas estão localizadas no joelho, que está de acordo com o estudo de (ISHIDA et al., 2013; FERREIRA et al, 2012), onde as lesões de joelho foi a estrutura anatômica mais afetada pelas lesões, principalmente na região anterior, com a síndrome da dor patelofemoral, síndrome da banda iliotibial, síndrome do estresse tibial medial, fascite plantar, tendinite do calcâneo e lesões meniscais (FUZIKI, 2012).
    A prática de atividade física tem sido cada vez mais recomendada principalmente no combater ao sedentarismo, tão presente nos dias de hoje, existem vários programas governamentais e incentivos na mídia para a prática de atividade física. Com isso, houve um aumento significativo no número de pessoas que aderiram à pratica do pedestrianismo na última década. No entanto, a prática da atividade física realizada em altas intensidades, como é o caso da corrida de rua, podem causar sérias lesões. Segundo Taunton et al. (2003) o aumento da intensidade, relacionado a um incremento da velocidade na corrida, levaria a um maior valor nas forças de reação com o solo a qual é transmitida para a estrutura funcional do corredor (ossos, ligamentos, músculos e tendões), fazendo com que as progressões nestas variáveis realizadas de modo incorreto, durante os treinos, ocasionem a lesão.
    As cargas excessivas durante a atividade física são consideradas o principal estímulo para o desenvolvimento das tendinopatias (HESPANHOL JR. et al. 2011. apud SELVANETTI et al., 1997; Grau et al., 2008). O tendão patelar está submetido a grandes cargas excêntricas do músculo quadríceps femoral durante todos os passos executados durante a corrida. É uma condição autolimitante, e a dor pode restringir os níveis de trabalho excêntrico quando a resistência é aplicada à articulação (EVANGELISTA, 2011). O que pode explicar a alta taxa de lesão e afastamento do esporte em corredores.
    A tendinopatia do tendão calcâneo ocorre geralmente nos praticantes de atividades de natureza repetitiva, como é uma lesão de estrutura contrátil, a dor geralmente aumenta com a dorsiflexão passiva e a flexão plantar contra a resistência (EVANGELISTA, 2011). Segundo Fuziki (2012) a repetição das cargas pode, a partir de certo limite, gerar alterações estruturais no tendão, predispondo-o a sofrer lesões.
    A síndrome do estresse medial é uma queixa comum entre os praticantes de corrida. O impacto vertical gerado durante esta atividade é aplicado repetidas vezes sobre os membros inferiores podendo levar o corredor a desenvolver a síndrome do estresse medial da tíbia (HESPANHOL JR. et al., 2011). É caracterizada por dor e desconforto no terço mediodistal da tíbia, aspecto posteromedial, provocada por uma tensão elevada no músculo tibial anterior (EVANGELISTA, 2011).
    Foi paradoxalmente descoberto que a fascite plantar está associada com o pé plano e com o pé cavo rígido e a maior amplitude de movimento de extensão do tornozelo (PEREIRA, 2010 apud WARREN, 1990; MESSIER & PIITALA, 1988). A sobrecarga crônica e a irritação podem levar à formação de tecido ósseo em resposta às foças de tração da fáscia plantar e dos músculos que se inserem na tuberosidade do calcâneo (EVANGELISTA, 2011). Segundo Hespanhol et al (2011) a carga gerada pela corrida aplicada repetidas vezes sobre a fascia plantar pode explicar o fato da fascite plantar estar entre as principais lesões em corredores.
    Segundo Fuziki (2012) a síndrome da dor patelofemoral é uma condição comum em pessoas que participam freqüentemente de atividades físicas ou atléticas. Quando esse equilíbrio é alterado, pode ocorrer movimentação anormal da patela (EVANGELISTA, 2011). Estudos sobre dor patelofemoral, síndrome da fricção da banda iliotibial e tendinite do tendão calcâneo têm demonstrado uma fraqueza muscular do grupo lesionado em comparação ao controle (FUZIKI, 2012).
    A síndrome da banda iliotibial é uma lesão por excesso de uso (tendinite ou bursite) causada pela fricção excessiva entre a banda iliotibial e a eminência epicondilar femoral lateral e ocorre com maior freqüência em corredores de longa distância, ciclistas e outros atletas que praticam atividades envolvendo flexão repetitiva de joelho (SAFRAN et al., 2002). É a mais comum causa de dor lateral no joelho de corredores e responde por 1,6% a 12% de todas as lesões relacionadas à corrida (FUZIKI, 2012), que vai de encontro com as informações levantas nessa pesquisa.
    A busca dos artigos para esta revisão não foi conduzida em todas as bases de dados existentes, o que pode ter impedido a inclusão de algum artigo científico que cumprisse os critérios de inclusão deste estudo. Sugerimos que novos estudos sejam realizados para identificar quais as principais lesões ocorrem em corredores de rua.
Considerações finais
    Este trabalho de revisão de literatura tentou identificar dentro de artigos, as principais lesões musculoesqueléticas relacionadas à corrida de rua. E concluímos que as principais lesões em corredores ocorreram em membros inferiores, com maior ocorrência em região de joelho, sendo elas: tendinopatia do tendão patelar, síndrome do estresse medial da tíbia, tendinopatia do tendão calcâneo, fascite plantar, síndrome femoropatelar e síndrome da banda iliotibial.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BARBOSA, R. O. Lesões mais comuns no atletismo, na modalidade de corrida de fundo, em atletas do município de Campina Grande - PB. 2010. 45f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Educação Física). Universidade Estadual da Paraíba, Campina Grande, 2010.

EVANGELISTA, A. L. Treinamento de força e flexibilidade aplicado à corrida de rua: uma abordagem prática. São Paulo: Phorte, 2011.

EVANGELISTA, A. Reabilitação Acelerada - Mitos e Verdades: Fisioterapia aplicada ao esporte, traumatologia e ortopedia. Editora Phorte. São Paulo. 2011.

FALLON, K. E. Musculoskeletal injuries in the ultramarathon: the 1990 Westfield Sydney to Melbourne run. Br J Sports Med. 1996; 30(4): 319-23.

FERREIRA, A. C. et al. Prevalência e fatores associados a lesões em corredores amadores de rua do município de Belo Horizonte, MG. Centro Universitário Newton Paiva – Belo Horizonte. Faculdade Pitágoras – Betim. Rev Bras Med Esporte – Vol. 18, No 4 – Jul/Ago, 2012.

FUZIKI, M. K. Corrida de rua: fisiologia, treinamentos e lesões. Ed. Phorte. São Paulo, 2012.

HESPANHOL JR, L. C. et. al. Perfil das características do treinamento e associação com lesões musculoesqueléticas prévias em corredores recreacionais: Um estudo transversal. Rev Bras Fisioter, São Carlos, v. 16, n. 1, p. 46-53, jan./fev. 2012.

ISHIDA, J. C. Presença de fatores de risco de doenças cardiovasculares e de lesões em praticantes de corrida de rua. Faculdade de Ciências, Universidade Estadual Paulista –Bauru. Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade Estadual Paulista – Presidente Prudente. Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2013 Jan-Mar; 27(1):55-65

JACOBS, S. J; BERSON, B. L. Injuries to runners: a study of entrants to a 10,000 meter race. Am J Sports Med. 1986;14(2):151-5.

MACHADO, A. F. Corrida: Bases científicas do treinamento. 1ª ed. 406 p. Ícone Editora. São Paulo. 2011.

MCKEAN, K. A. et. al. Musculoskeletal injury in the masters runners. Clin J Sport Med. 2006;16(2):149-54.

PEREIRA, J. L. R. Lesão em corredores : aspectos preventivos através de uma abordagem epidemiológica. Monografia. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Escola de Educação Física. Curso de Educação Física: Licenciatura. Porto Alegre, 2010

PEREIRA, J. L. R. Lesão em corredores: aspectos preventivos através de uma abordagem epidemiológica. Monografia, Bacharelado. Escola de Educação Física da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, 2010.

PILEGGI, P. et al. Incidência e fatores de risco de lesões osteomioarticulares em corredores: um estudo de coorte prospectivo. Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo. Rev. bras. Educ. Fís. Esporte, São Paulo, v.24, n.4, p.453-62, out./dez. 2010.

SAFRAN, M. R. et al. Manual de Medicina Esportiva. São Paulo. Manole, 1ª ed. 2002

TAUNTON, J. E. et. al. A prospective study of running injuries: the Vancouver sun run "in training" clinics. Br J Sports Med. 2003;37:239-44

terça-feira, 22 de outubro de 2013

ATIVIDADE FÍSICA x AMAMENTAÇÃO


A Atividade física regular é um importante fator para a promoção e manutenção da saúde da mulher em todas as idades e situações, inclusive na gestação e na fase pós-parto.
Fala-se muito da pratica de atividade física em gestantes objetivando a manutenção da aptidão física e da saúde, a diminuição de sintomas gravídicos, o melhor controle ponderal, a diminuição da tensão no parto, e uma recuperação no pós-parto. Porém alguns mitos rodeiam a pratica do exercício no pós-parto, como a amamentação.
Os exercícios no período pós-parto, não existindo complicações, iniciam-se 30 dias após o parto normal e 45 dias após a cesariana, aplicando-se os mesmos princípios utilizados para a prescrição de exercícios na população em geral. Durante o período de amamentação, desde que a ingestão calórica e hídrica da mãe se mantenha normal, os exercícios leves a moderados não afetam a quantidade ou a composição do leite, e por isso não exercem qualquer impacto sobre o crescimento do bebê.
Possíveis influências do exercício na fase de amamentação foram avaliadas em um ensaio randomizado que analisou os efeitos de atividades aeróbias realizadas a 60-70% da FC de reserva, durante 45 minutos, cinco vezes por semana, não se observando nenhuma diferença significativa no volume e na composição do leite materno após 12 semanas. A única diferença significativa observada neste estudo foi um aumento de 25% no Vo²máx do grupo ativo. Concluindo-se, portanto, que o exercício físico é seguro para o lactente e eficaz para a mãe no período pós-parto.
Exercícios com intensidades superiores, que resultem na produção de ácido láctico, não são recomendados. Em algumas mulheres, os níveis de ácido láctico elevam-se no leite e permanecem elevados por cerca de 90 minutos depois da prática do exercício, dando ao leite um sabor que o bebê pode não gostar. Neste caso, recomenda-se que a mãe amamente o bebê antes de fazer exercício e aguarde cerca de 90 minutos após a prática de exercício intenso para amamentar novamente.
Ter a orientação de um Educador Físico é essencial para que a pratica de exercício não se torne prejudicial para esse seu período de amamentação.
  
Bibliografia

Leitão, M. B. et al. Posicionamento oficial da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte: atividade física e saúde na mulher. Rev Bras Med Esporte vol.6 nº.6 Niterói Nov./Dec. 2000. ISSN 1517-8692

LIMAL, F. R; OLIVEIRA,N. Gravidez e exercício. Rev. Bras. Reumatol. vol.45 no.3 São Paulo May/June 2005. ISSN 0482-5004


Atividade Física. Disponível em <http://www.amamentar.net/ProfissionaisdeSa%C3%BAde/Am%C3%A3e/ActividadeF%C3%ADsica/tabid/210/Default.aspx>. Acesso em 22 de out. 2013. 

Profª Cristiane dos Santos
CREF 090370-G/SP

Professora de Educação Física, formada pela Universidade Santa Cecilia.
Email: cristiane.santos08@gmail.com

domingo, 3 de fevereiro de 2013

MUITO ALÉM DO PESO

Recomendamos que esse documentário seja assistido por todas as famílias. A obra apresenta a atual situação da saúde das crianças no Brasil. O primeiro passo para combater a obesidade infantil é a conscientização!!