sábado, 3 de novembro de 2012

PRINCIPAIS LESÕES EM CORREDORES DE RUA




A corrida de rua é uma das modalidades que mais vem crescendo no Brasil e no mundo, principalmente motivada por pessoas que buscam os benefícios para a saúde com a pratica regular de exercício físico, numa atividade de baixo custo e fácil execução. A federação Internacional das Associações de Atletismos (IAAF) define as corridas de rua como provas de pedestrianismo disputadas em circuitos de rua com distâncias oficiais variando de 5km a 100km (MACHADO, 2011). Apesar de todos os efeitos benéficos da pratica de corrida, tem-se observado uma elevada incidência de lesões no aparelho locomotor, sobretudo em membros inferiores (PILEGGI et al., 2010). 
De acordo com BENNELL e CROSSLEY (1996), a realização de exercícios de maneira exaustiva, sem orientação ou de forma inadequada, pode contribuir para o aumento de lesões esportivas e estas estão ligadas a fatores intrínsecos e extrínsecos, lesões intrínsecas são decorrentes de características biológicas, individuais e psicossociais e lesões extrínsecas são decorrentes do meio ambiente e de fatores externos (COHEN e ABDALLA, 2003). 
 PILEGGI et al. (2010), em um estudo com duração de 12 meses realizado com 18 corredores (13 homens e cinco mulheres), 9 corredores (50%) apresentaram 22 lesões osteomioarticulares. Dentre os nove corredores lesionados, quatro deles apresentaram três ou mais lesões. No estudo de HINO et al. (2008), onde os autores analisaram a prevalencia de lesoes esportivas e os fatores associados em 295 corredores de rua, sendo 77,3% homens e observaram que a prevalencia de lesões nos ultimos seis meses foi maior em homens com 29,8% enquanto as mulheres foram de 23,9%, a incidencia maior foi entre 30 e 45 anos. 
 De acordo com PAZIN et al. (2008), o esporte competitivo não é sinônimo de saúde devido a uma série de eventos como: lesões, estresse excessivo, risco de morte súbita, que geralmente são resultantes, dentre outros fatores, de cargas excessivas de treinamento. Mas é necessário estabelecer o que pode ser seguro e o que passa a representar maior risco de lesões decorrentes da prática da corrida de rua, portanto, há uma grande necessidade que essa população receba orientações multidisciplinares adequadas para prevenir possíveis lesões. 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 

BENNELL K. J; CROSSLEY K. Musculoskeletal injuries in track and field: incidence, distribution and riskfactors. Australian Journal of Science and Medicine in Sport. p. 69-75. 1996. 

COHEN, M; ABDALLA, R. J. Lesões nos Esportes: diagnostico, prevenção, tratamento. 1 ed. Rio de Janeiro: v. 1, p. 60-67. Revinter, 2003, 

MACHADO, A. F. Corrida: Bases científicas do treinamento. 1ª ed. 406 p. Ícone Editora. São Paulo. 2011. 

PAZIN, J et al. Corredores de rua: Características demográficas, treinamento E prevalência de lesões. Revista Brasileira DE Cineantropometria E Desempenho Humano. p. 277-282. 2008. 

PILEGGI, P. et al. Incidência e fatores de risco de lesões osteomioarticulares em corredores: um estudo de coorte prospectivo. Rev. Bras. Educ. Fís. Esporte, São Paulo, v. 24, n. 4, p.453-462, out/dez. 2010.



Profº Carlos André Barros de Souza
CREF 081728-G/SP
Professor de Educação Física (FEFIS)
Graduando em Fisioterapia (UNILUS)

Pós Graduando em Fisiologia do Exercício aplicado à clinica (UNIFESP)
Email: c.andrefisio@yahoo.com.br

Um comentário:

  1. Corredores de rua sem a devida instrução pensam que estão fazendo só o bem quando na verdade, há muito mais por trás de uma "corridinha" no parque!
    Boa matéria ;)

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