O voleibol é um esporte coletivo, porém
diferente do futebol, basquete e handebol não tem contato físico, o que leva a
algumas pessoas imaginarem que é um esporte livre de lesões, ao contrario do
que se pensa este esporte é um dos mais propensos a lesões. As articulações do
tornozelo, joelho, ombro e mãos são muito exigidas. No saque, na manchete, no
levantamento, na cortada, nos saltos e nos bloqueios, toda movimentação é
realizada com grande amplitude de movimento e diversas vezes, podendo resultar
em lesões, devido aos movimentos repetitivos.
O Voleibol é um esporte que apresenta uma
alta incidência de lesões, apesar de não ser um esporte de contato físico
existe o contato com o piso, com a bola, com a rede. (FISIOTERAPIA
PERSONALIZADA, 2012 apud Cohen, 2005.)
Em estudo realizado por Talma (2009), onde o
autor apresenta as lesões em atletas de voleibol por tipo e segmento corporal,
o trauma articular de tornozelo teve 36,4% de incidência seguida por 36,4% de
Lesão músculo-tendínea de joelho e 27,3% de Lesão muscular isolada de coxa. O
principal motivo de todas as contusões dos voleibolistas no tornozelo é o uso
excessivo (overuse) desses componentes anatômicos durante sessões e jogos.
(Silva, 2007). (Talma, 2009 apud Reeser et al., 2006) afirmam que o mecanismo
de aproximadamente 75% das lesões agudas de tornozelo, são lesões por inversão
após contato na rede, com adversários ou com jogadores da mesma equipe durante
uma ação de bloqueio.
Os saltos são os principais mecanismos
causadores de lesões na articulação do joelho nos voleibolistas (Silva, 2007).
Das lesões agudas mais encontradas na pratica do voleibol, o entorse de joelho
é a mais freqüente, (Fisioterapia Personalizada, 2012 apud Ribeiro, 2007)
ocorrem no momento da aterrisagem do salto, e podem resultar em rupturas de
ligamento cruzado anterior e ruptura de menisco. (Fisioterapia Personalizada,
2012).
As lesões de músculo-tendínea acometeram
42,9% dos jogadores analisados em um estudo (Talma, 2009). Silva et al (2007)
afirmam que as lesões mais freqüentes dos membros superiores acontecem no ombro
dos jogadores de voleibol, cerca de 8 a 20% em voleibolistas.
A lesão inflamatória mais comum no vôlei é a
tendinite do manguito rotador. A grande incidência dessa lesão é acarretada
pela própria exigência do esporte, que obriga os atletas a uma carga excessiva
de treinos. O motivo é que os atletas realizam uma rotação externa e interna do
ombro no saque e na cortada por muitas vezes (Pires, 2009 apud Briner &
Kacmar, 1997).
Marques Junior (2004) apud (Peterson &
Renstron, 1995) afirma que mais de 50% das lesões nos atletas acontecem por má
elaboração na prescrição do treinamento. A prescrição inadequada das sessões de
treino vem reduzindo a longevidade competitiva dos desportistas (Marques
Junior, 2004 apud FILIN & VOLKOV, 1998). O treino exagerado prejudica a
saúde dos atletas, física e emocionalmente, predispondo estes desportistas à
lesões.
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
FISIOTERAPIA
PERSONALIZADA. Voleibol. Disponível em
<http://fisioterapiapersonalizada.com.br/lesoes.html>. Acesso em: 19 de
fev. de 2012.
MARQUES
JUNIOR, N. K. Principais lesões no atleta de voleibol. Revista Digital - Buenos
Aires - Año 10 - N° 68 - Enero de 2004
Pires,
L. M. T. Lesões no ombro e sua relação com a prática do voleibol - Revisão da
Literatura. Revista Cientifica Internacional (Inter Cience Place) Ano 2 - N º
10 Novembro/Dezembro – 2009.
Silva,
M. A. F. M. et al. IDENTIFICAÇÃO DOS TIPOS DE LESÕES NO CAMPEONATO DA II LIGA
DO INTERIOR DE VÔLEI NO ESTADO DO CEARÁ. II Congresso de Pesquisa e Inovação da
Rede Norte Nordeste de Educação Tecnológica João Pessoa - PB - 2007
TALMA,
P. V. Prevalência de lesões ostemioarticulares em atletas de voleibol de quadra
da UFJF. UFJF, Juiz de Fora 2009.
Profª
Cristiane dos Santos
CREF
090370-G/SP
Professora
de Educação Física, formada pela Universidade Santa Cecilia.
Email:
cristiane.santos08@gmail.com
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