quarta-feira, 23 de maio de 2012

LESÕES NO VOLEIBOL



O voleibol é um esporte coletivo, porém diferente do futebol, basquete e handebol não tem contato físico, o que leva a algumas pessoas imaginarem que é um esporte livre de lesões, ao contrario do que se pensa este esporte é um dos mais propensos a lesões. As articulações do tornozelo, joelho, ombro e mãos são muito exigidas. No saque, na manchete, no levantamento, na cortada, nos saltos e nos bloqueios, toda movimentação é realizada com grande amplitude de movimento e diversas vezes, podendo resultar em lesões, devido aos movimentos repetitivos.
O Voleibol é um esporte que apresenta uma alta incidência de lesões, apesar de não ser um esporte de contato físico existe o contato com o piso, com a bola, com a rede. (FISIOTERAPIA PERSONALIZADA, 2012 apud Cohen, 2005.)
Em estudo realizado por Talma (2009), onde o autor apresenta as lesões em atletas de voleibol por tipo e segmento corporal, o trauma articular de tornozelo teve 36,4% de incidência seguida por 36,4% de Lesão músculo-tendínea de joelho e 27,3% de Lesão muscular isolada de coxa. O principal motivo de todas as contusões dos voleibolistas no tornozelo é o uso excessivo (overuse) desses componentes anatômicos durante sessões e jogos. (Silva, 2007). (Talma, 2009 apud Reeser et al., 2006) afirmam que o mecanismo de aproximadamente 75% das lesões agudas de tornozelo, são lesões por inversão após contato na rede, com adversários ou com jogadores da mesma equipe durante uma ação de bloqueio.
Os saltos são os principais mecanismos causadores de lesões na articulação do joelho nos voleibolistas (Silva, 2007). Das lesões agudas mais encontradas na pratica do voleibol, o entorse de joelho é a mais freqüente, (Fisioterapia Personalizada, 2012 apud Ribeiro, 2007) ocorrem no momento da aterrisagem do salto, e podem resultar em rupturas de ligamento cruzado anterior e ruptura de menisco. (Fisioterapia Personalizada, 2012).
As lesões de músculo-tendínea acometeram 42,9% dos jogadores analisados em um estudo (Talma, 2009). Silva et al (2007) afirmam que as lesões mais freqüentes dos membros superiores acontecem no ombro dos jogadores de voleibol, cerca de 8 a 20% em voleibolistas.
A lesão inflamatória mais comum no vôlei é a tendinite do manguito rotador. A grande incidência dessa lesão é acarretada pela própria exigência do esporte, que obriga os atletas a uma carga excessiva de treinos. O motivo é que os atletas realizam uma rotação externa e interna do ombro no saque e na cortada por muitas vezes (Pires, 2009 apud Briner & Kacmar, 1997).
Marques Junior (2004) apud (Peterson & Renstron, 1995) afirma que mais de 50% das lesões nos atletas acontecem por má elaboração na prescrição do treinamento. A prescrição inadequada das sessões de treino vem reduzindo a longevidade competitiva dos desportistas (Marques Junior, 2004 apud FILIN & VOLKOV, 1998). O treino exagerado prejudica a saúde dos atletas, física e emocionalmente, predispondo estes desportistas à lesões.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FISIOTERAPIA PERSONALIZADA. Voleibol. Disponível em <http://fisioterapiapersonalizada.com.br/lesoes.html>. Acesso em: 19 de fev. de 2012.

MARQUES JUNIOR, N. K. Principais lesões no atleta de voleibol. Revista Digital - Buenos Aires - Año 10 - N° 68 - Enero de 2004

Pires, L. M. T. Lesões no ombro e sua relação com a prática do voleibol - Revisão da Literatura. Revista Cientifica Internacional (Inter Cience Place) Ano 2 - N º 10 Novembro/Dezembro – 2009.

Silva, M. A. F. M. et al. IDENTIFICAÇÃO DOS TIPOS DE LESÕES NO CAMPEONATO DA II LIGA DO INTERIOR DE VÔLEI NO ESTADO DO CEARÁ. II Congresso de Pesquisa e Inovação da Rede Norte Nordeste de Educação Tecnológica João Pessoa - PB - 2007

TALMA, P. V. Prevalência de lesões ostemioarticulares em atletas de voleibol de quadra da UFJF. UFJF, Juiz de Fora 2009.




Profª Cristiane dos Santos
CREF 090370-G/SP
Professora de Educação Física, formada pela Universidade Santa Cecilia.
Email: cristiane.santos08@gmail.com